5/19/2016

10 mitos sobre o sono infantil

Será que algum dia o meu bebé vai conseguir dormir toda a noite sem interrupções? E se adormecer sempre nos meus braços, estou a ajudá-lo a aprender a dormir sozinho?
Como pais, são muitas as dúvidas que vos surgem sobre o sono dos vossos filhos e sobre como ajudá-los a ter o melhor descanso. No entanto, também são muitos os mitos existentes em torno deste tema. Por isso reunimos alguns dos mitos mais comuns, bem como a realidade que se encontra por trás deles.

Mito 1: Os recém-nascidos não precisam de um horário de sono
Realidade. Todos as crianças, inclusivamente os recém-nascidos, beneficiam de um horário regular à noite e à hora da sesta. Uma rotina tranquilizadora cria hábitos saudáveis para aprender a dormir durante toda a noite e durante o resto da vida.
Mito 2: Os bebés nunca dormem toda a noite sem acordar
Realidade. A maioria dos bebés é capaz de dormir de forma estável por volta dos 2-3 meses, embora outros não o consigam fazer até aos 6 meses de idade. Tal como os adultos, as crianças podem acordar várias vezes por noite. A maioria das vezes trata-se de micro-despertares que são impercetíveis. No caso dos lactentes, os despertares mais prolongados ocorrem entre 2 e 5 vezes por noite, de forma espontânea ou relacionada com as refeições.
Mito 3: Algumas crianças nunca dormem bem
Realidade. Todas as crianças podem aprender a dormir bem e, se uma criança não adquiriu bons hábitos de sono, pode demorar mais tempo a adormecer. É importante saber que  todas as crianças são capazes de dormir bem sozinhas. Quando existem dificuldades em conseguir que a criança tenha um sono contínuo e/ou reparador, é necessário consultar o pediatra da criança para que sejam estabelecidas as medidas apropriadas.
Mito 4: Algumas crianças não precisam de dormir a sesta
Realidade. É verdade. As crianças precisam de menos sestas de forma natural à medida que crescem. Aos 18 meses, as crianças já não dormem a sesta de manhã e, a partir dos 3-4 anos, eliminam a sesta depois do almoço. Contudo, alguns pais reconhecem que o seu filho "nunca dormiu a sesta" e, quando o obrigam, chora e protesta. Nestes casos, devemos respeitar as necessidades da criança e simplesmente deixá-la descansar sem perturbar as outras crianças caso se encontre na escola.

Mito 5: As crianças que não dormem a sesta dormem mais horas durante a noite
Realidade. Isto não é verdade. Muitas crianças que estão demasiado cansadas geralmente sentem mais dificuldade para adormecer à noite. Esse cansaço excessivo faz com que lhes seja mais difícil conciliar o sono e leva-os a acordar mais cedo pela manhã.   ….
Mito 6: Se a criança se deitar tarde, irá adormecer mais depressa e dormirá melhor.
Realidade. Não é necessariamente verdade. As crianças que se deitam tarde estão mais cansadas e num estado de alerta, o que lhes provoca dificuldade para conciliar o sono. É recomendável deitar as crianças a uma hora razoável, muito antes dos pais e, se forem detetados sinais de sonolência (bocejos, irritabilidade), é necessário adiantar a hora de ir para a cama cerca de 20-30 minutos.
Mito 7: É conveniente deixar que a criança adormeça numa cadeira de baloiço
Realidade. Embalar o bebé durante alguns minutos poderá acalmá-lo se estiver inquieto, mas é melhor que não se acostume. Dormir numa cadeira ou espreguiçadeira de baloiço durante um período de tempo prolongado mantém o bebé num sono leve não reparador.
Mito 8: A criança não deve ficar a dormir nos braços dos pais
Realidade. As crianças sentem-se seguras nos braços dos pais, onde adormecem com maior facilidade. Contudo é conveniente que, a partir das 6 semanas de vida, aprendam a adormecer sozinhos no berço.
Mito 9: Os bebés dormem toda a noite se lhes derem alimentos sólidos antes dos 4-6 meses de idade
Realidade. Muitos pais acreditam erradamente que esta técnica funciona porque mantém a criança saciada durante mais tempo, embora não seja recomendável. Os bebés têm o sistema digestivo muito imaturo e os alimentos devem ser administrados de forma sequencial, avaliando a sua tolerância de acordo com as indicações nutricionais do pediatra.
Mito 10: Se a refeição noturna (o jantar) inclui leite e/ou cereais, a criança dormirá melhor
Realidade. Esta medida deve ser tomada de forma cautelosa. Se o volume de leite e cereais for excessivo, a criança irá sentir-se saciada e poderá ter problemas digestivos. Pelo contrário, se lhe administrar a quantidade correta correspondente à sua idade e peso, pode ser benéfico devido aos efeitos do leite facilitadores do sono, que contêm fenilalanina, precursor da serotonina (que ajuda a dormir), e dos hidratos de carbono dos cereais, que bloqueiam uma substância que os mantém despertos, a hipocretina.

Mito 11: Cansar muito a criança antes de a deitar, através de brincadeiras em que tenha que correr, saltar, ou dançar, irá ajudá-lo a adormecer mais depressa.
Realidade. Isto não é necessariamente verdade visto que após um dia excitante, a necessidade de dormir supõe uma mudança sobre a atividade de que tanto estão a desfrutar. Por isso, é recomendável diminuir a atividade física das crianças depois do jantar de modo a facilitar a transição para a hora de ir dormir.
Mito 12: Os irmãos não devem dormir juntos porque um pode acordar o outro ou impedir que o outro adormeça.
Realidade. Isto não é necessariamente verdade. Se os irmãos tiverem a mesma disciplina para dormir, não existe qualquer inconveniente em que durmam juntos.
Mito 13: Colocar música relaxante antes de deitar o bebé vai acalmá-lo.
Realidade. Tal como em muitos outros casos, o final dependerá de cada criança. Algumas crianças dormem mais facilmente com música, mas também há crianças que adormecem no momento em que se desliga a música.
Mito 14: Deixar brincar a criança com mais de dois anos com jogos eletrónicos ou o telemóvel antes de se deitar ajuda-a a dormir.
Realidade. Num mundo cada vez mais "eletrónico" é cada vez mais comum utilizar o telemóvel ou certos jogos eletrónicos como distração para a criança. No entanto, este costume não é muito recomendável perto da hora de dormir, visto que a luz do ecrã "estimula" o cérebro e "bloqueia" a melatonina, impedindo a criança de conciliar o sono.
Mito 15: Deixar a criança ver um pouco televisão antes da hora de dormir pode ajudá-la a acalmar-se.
Realidade. Devemos ter cuidado com este costume visto que é recomendável fazê-lo de forma muito razoável, pouco tempo e não para além das 21h. Também dependerá do que a criança veja na TV, uma vez que certos programas podem excitá-la em vez de a acalmarem.
Mito 16: Dar-lhes um copo de leite quente com mel ajuda as crianças a dormir
Realidade. Esta afirmação está correta, visto que o leite e o mel têm efeitos calmantes sobre a criança e podem ajudá-la a conciliar o sono.

Actividades para o desenvolvimento psicomotor de bebés dos 9 aos 12 meses...

Esta é uma etapa ao longo da qual a criança vai ganhando confiança. É um período em que a deslocação é consolidada ou aperfeiçoada através do gatinhar sobre as mãos, com os braços esticados e sobre os joelhos. Superada a aprendizagem do gatinhar, a deslocação começa a ser mais sincronizada, com apoio sobre as palmas das mãos e as plantas dos pés (como um urso). Durante esta fase, o bebé consegue também utilizar outras formas de deslocação (sentado ou com uma perna flectida).
Neste período, a criança pode começar a andar. Consegue pôr-se de pé e levanta um pé enquanto se apoia sobre o outro com força. Para começar a andar, podem pegar-lhe primeiro pelas duas mãos e, posteriormente, por uma. Mais tarde, poderá apoiar-se nos móveis.
É capaz de pegar num objecto pequeno fazendo força com o dedo polegar e o indicador.
Quando o chamam pelo nome, reconhece-o e responde. Repete palavras simples, como papá e mamã, mostrando a sua evolução na linguagem oral.
Nesta etapa surgem os comportamentos intencionais, isto é, a criança é capaz de coordenar meios e fins. As suas acções têm uma intenção óbvia, destinam-se já a alcançar um objectivo e parecem mais “inteligentes” do que nas etapas anteriores. Consegue, por exemplo, largar um peluche para pegar num carrinho. Esta sequência de meios-fins tem uma importância vital no desenvolvimento do conceito do objecto.
Durante este período, o bebé já consegue interpretar indícios de acontecimentos imediatos que não estão directamente ligados ao seu próprio comportamento sob a forma de estímulo-resposta. Portanto, é capaz de prever que algo do mundo exterior vai acontecer. Isso ajuda-o a começar a compreender que o mundo exterior obedece a uma ordem e que ele tem um certo controlo sobre si mesmo.
Contrariamente ao estádio anterior, a partir de agora o bebé é capaz de imitar comportamentos diferentes das suas actividades habituais. Isto quer dizer que, de agora em diante, consegue aprender por imitação, ou seja, consegue aprender o que os outros fazem simplesmente observando. A aprendizagem através da observação é uma fonte muito importante de progresso intelectual e evolutivo. Além disso, o bebé é capaz de imitar acções, embora não se veja nem se ouça a si mesmo a realizá-las.
Nesta idade, brincar começa a tornar-se uma actividade muito mais divertida e lúdica para o bebé. Começa a divertir-se com o “meio” e não apenas com o “fim”. Isto é, é capaz de ignorar porque é que leva a cabo uma acção para exercitar o meio por simples prazer. Por exemplo, gosta de esticar uma corda à qual um brinquedo está atado, esquecendo o motivo pelo qual a estica (para poder alcançar o brinquedo).
A brincadeira, tal como a imitação, começa a converter-se num instrumento característico do desenvolvimento intelectual, constituindo um elemento fundamental para a aprendizagem e para o desenvolvimento mental da criança. 

Actividades de estimulação

• Nesta etapa, podem gatinhar ao lado do bebé.
• Brinquem atirando-lhe a bola e incentivando-o a devolvê-la.
• Preparem tachos ou caixas. Façam com que a criança as abra e veja os objectos que estão no seu interior. Podem brincar a colocar e a retirar os objectos do seu interior.
• Com o bebé sentado no berço, podem mostrar-lhe um brinquedo do lado de fora, estimulando-o por gestos a pôr-se de pé (com a ajuda das grades do berço). Depois de o conseguir, dêem-lhe o brinquedo para que segure nele com a mão, incitando-o assim a permanecer de pé apoiando-se só com uma mão.
• Podem colocar brinquedos no fundo do berço enquanto a criança estiver de pé, para estimulá-la a sentar-se e a agarrar neles.
• Ponham a criança perto de uma cadeira e estimulem-na a pôr-se de pé agarrando-se às pernas da mesma, enquanto um de vós está sentado nela para evitar que caia.
• Peguem na criança por uma ou por ambas as mãos e façam-na andar aproximando-a de um espelho. Podem fazer caretas e rir-se para que vos imite e se reconheça ao espelho.
• Peguem numa bola e atirem-na, para que role pelo chão, e incentivem a criança a ir atrás dela, dando-lhe a mão.